10 de julho de 2008 | ✿Lidi Dimbarre Tullio ஜீ
Cantando o Amor
Eu sou a flor a beira do caminho
e você o vento que passa,
despenteia meu cabelo,
vai embora e me deixa sozinha
a chorar pelo seu amor.
Você é o garboso cavalheiro que
de espada em punho fechado passa orgulhoso,
altaneiro pelos caminhos de minha vida
deixando um rastro de desamor.
Eu sou o cálice que o recebe
como se fosse uma concha d’oiro
que o aconchega, que o embebe para torná-lo
um forte guerreiro
e assim quebrar-me com muita dor.
Você é o navegador, guerreiro dos mares,
que me nega abrigo em sua barca
me fecha as portas da sua casa,
por medo e covardia,
fugindo dos ares que
lhe prenderão num grande amor.
Eu sou a fruta que mata a sua fome,
a luz que ilumina a sua noite,
a água que mata a sua sede.
Eu sou a mulher que você ama
e que por covardia, abandona.
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