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It´s time to set my free!

A mulher depois que ama!

25 de abril de 2009 | ✿Lidi Dimbarre Tullio ஜீ



Uma coisa especial ocorre com a mulher depois que ama.


Reparem, estou dizendo: depois que ama.


Não estou me referindo a ela enquanto está no ato do amor. Disto se pode falar também e a literatura, a partir do romantismo e depois o cinema, modernamente, já tentaram de várias formas simular na relação amorosa como a mulher suspira, se contorce, desliza as mãos e entreabre a boca do corpo e da alma.Mas, quando digo "depois que ama", refiro-me ao estado de graça que a envolve após o gozo ou gozos, e que perdura horas e horas e às vezes dias.Fica macia que nem gata aos pés do dono. Mais que gata, uma pantera doce e íntima.Sua alma fica lisinha, sem qualquer ruga.


A vida não transcorre mais a contrapelo. Desliza.O cotidiano já não a oprime. É a hora de uma ociosidade amorosa.


O fato é que a mulher nessa atmosfera sai do trivial, se agiliza e glorificada, pervaga pela casa.Deveria o homem avisar ao escritório: hoje não posso ir, estou assistindo à reverberação do amor naquela que amo.E como isto se assemelha à floração rara de certas plantas.Há uma coisa grave na mulher que foi ao clímax de si mesma.


Que não esteja distraído o parceiro ou parceira.Ela tem mesmo um perfume diverso das demais.É um cio diferente.É quando a mulher descerra em si o que tem de visceralmente fêmea tranqüila que, mais que possuída, possui algo que atingiu raramente.Contudo, nessa atmosfera que se segue a uma epifânica sessão de amor, tudo é diverso, porque ela está acariciando uma imponderável felicidade.Estou falando de uma coisa que os homens não experimentam assim.


O gozo masculino é mais pontual e parece se exaurir pouco depois do próprio ato.Só os escolhidos, os de alma feminina, vez por outra, o sentem prolongar-se dentro de si.Mas em geral, é diferente.Também brilha. Mas é diferente.E não é disto que estou falando, senão do gozo feminino que não se esgota no gozo e se derrama em gestos e atenções por horas e dias a fio.


Freud andou várias vezes errando sobre as mulheres e, por exemplo, colocou equivocadamente aquela questão de que a mulher teria inveja do homem por ser este um animal fálico.


Convenhamos: inveja têm (e deveriam ter) os homens quando prestam atenção no fenômeno que ocorre com as mulheres, que ao serem amadas atingem o luminoso êxtase de si mesmas, como se tivessem rompido uma escala de medição trivial para lá da barreira dos gemidos e amorosos alaridos.


É isso: quando a mulher foi amada e bem amada, ela ingressa nessa atmosfera sagrada, cuja descrição se aproxima daquilo que as santas extáticas descreveram.


Uma aura de mistérios as envolve.E isso, por não ser muito trivial, por não ser nada profano,talvez se assemelhe aos mistérios gozosos de que muitos místicos falaram.

Affonso Romano de Sant'Anna




Paz e Luz e um sábado adorável!!!
Lidi


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