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Parada Gay 2009

12 de junho de 2009 | ✿Lidi Dimbarre Tullio ஜீ


Todo o ano em São Paulo é realizada a parada gay, evento destinados a Gays, lésbicas e simpatizantes.
O evento é anualmente comemorado em um domingo na principal avenida do estado, a Avenida Paulista. Milhões de pessoas se deslocam de diversas partes do país e do mundo para fazer parte dessa festa.
A parada gay de 2009 tem seu tema escolhido: “Sem Homofobia, Mais Cidadania - Pela isonomia dos direitos”, e acontecerá omingo dia 14 de Junho de 2009.
E você, já participou de algumas dessas festas? Se ainda não, domingão pode ser uma boa oportunidade.


A Parada do orgulho GLBT é uma manifestação que ocorre anualmente em varias cidades do mundo em busca da igualdade para gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.
A Parada do Orgulho GLBT de São Paulo acontece desde 1996 e entrou para história em 2004, pois, segundo a organização do evento, passou a ser a maior marcha deste tipo no mundo e mantém este marco até 2007. De acordo com as estimativas da Polícia Militar de São Paulo, mais de um milhão e meio de pessoas (GLBT, e seus amigos e amigas simpatizantes e mais algumas pessoas curiosas passando no local), participaram do evento. As principais reivindicações do Movimento Homossexual Brasileiro neste ano continuaram sendo o direito ao casamento no civil e o fim da discriminação e homofobia.


Crônica a Parada Gay - Por Marine Ortodox
Quando ouvi minha amiga dizendo essa frase, um comentário ao mesmo tempo tão irônico e comportado, eu sabia que tinha de escrever uma crônica. É fato consumado que essa minha amiga é cheia dessas máximas deliciosas de serem distorcidas em textos, não sendo essa a primeira vez que a cito. Talvez isto seja porque, das minhas companheiras de humor negro, ela seja uma das poucas que não se arrisque a registrar as nossas maldades em escritos. E maldade quando é bem dita - quando é inofensiva - bem que merecia ser registrada. Eu gosto da parada gay, mas eu queria saber voar. Tenho certeza que quando ela me disse isso ela não estava fazendo nenhuma referência às plumas coloridas que estavam sendo vendidas por R$ 2,50 cada uma, nem às tantas e tantas fantasias iluminando a avenida paulista. Ela também não estava revelando o desejo de ter visto melhor a parada em si, uma visão panorâmica dos muitos carros alegóricos que nunca antes tinham me parecido tão divertidos no carnaval, se não recheados de tantas figuras interessantes. Se a minha amiga quisesse ter uma visão mais aberta de toda aquela festa que estava acontecendo na Av. Paulista, apenas precisaríamos atravessar a rua pelo metrô Consolação e subirmos até o último andar do conjunto nacional. Lá sim poderíamos ter visto com calma e um pouquinho de ar – pois isto estava em falta lá embaixo – todas as plumas e purpurinas que viemos na esperança de ver. Eu sempre quis saber voar, na realidade. À noite, em minha cama, sempre sonhei estar “nadando pelo céu”, pois sem a experiência de nascer com asas eu certamente não conseguiria simular um vôo rasante. Também me lembro das vezes em que eu, já tendo controlado algum sonho chato, subia até o topo de uma casa (com saltos enormes!) e pulava na esperança de sair voando pelos céus. Nunca vou me esquecer, é claro, das vezes em que caí, pois esse tipo de coisa tem um valor moral muito grande para ser esquecido. Mas mesmo sendo incrivelmente divertido bater a sua cara no chão e não te acontecer nada, eu lembro com mais gosto das vezes que saí “patinando pelo ar” com movimentos graciosos de galinha, se uma galinha jamais pudesse sonhar que está voando. Então eu sempre quis saber voar e sinto incrível atração por saltar de bungee jumpie, sky coster, asa delta, ou qualquer outra falcatrua que me dê a referência do vôo, para que eu então possa sonhá-lo. Mas tenho certeza que se havia um motivo para eu querer voar, lá na parada gay e, consequentemente, lá na paulista, seria pelo grande contingência de pessoas. Entendam que mesmo eu morando nesse cartão postal Paulistano, mesmo eu diariamente esquentando meu tênis no asfalto da Av. Paulista, não houve vez alguma aonde eu quis voar, ao invés de caminhar cruzando todos os tipos de pessoas interessantes que passam naquela avenida. (A exceção de quando estou atrasada, o que acontece até com relativa freqüência...). Eu gosto de caminhar, na maioria das vezes, e adoro, tenho paixão e fetiche por caçar pessoas interessantes na multidão, desvendar personagens por trás de suas primeiras impressões. Eu gosto de caçá-las com um visual que chama atenção e uma fala extrovertida, e eu adoro testar a opinião dos outros, pois é praticamente disso que a gente vive. Então na parada gay, nessa avenida que eu tanto gosto, lotada de plumas e aves (por suposto) eu, uma caçadora, nunca que haveria de querer voar. Eu estava maravilhada, tomada por tantas cores e músicas, mesmo que nenhuma do meu gosto idoso; Pessoas, gentes, personalidades à mil cruzando a minha avenida. Eu queria é sorrir para todas e provar-me tão interessante quanto cada uma delas a ponto de pertencer àquele evento, mesmo sendo apenas um essezinho bem fetichista. Queria gostar daquelas músicas chatas apenas por um momento para poder me soltar entre carros alegóricos e drag queens, queria me enrolar nas peninhas coloridas que minha amiga comprou e passar o dia inteiro sem comer. Eu queria esquecer que tenho uma pele excessivamente clara e me dar ao luxo de trocar o protetor solar pelo pó de arroz, pela saia “curta” que eu só tenho coragem de usar quando tenho uma meia calça por baixo. Eu gosto da parada gay, realmente gosto! É um ambiente interessantíssimo, um evento, uma tarde bem diferente e maluca e o melhor é que tudo fica bem pertinho, à uma esquina de distância, na minha avenida. Mas ninguém jamais me prometeu um mar de rosas... E se prometessem eu apenas aceitaria uma ou duas e sairia brincando com elas pela rua, assim como eu sinto desejo por fazer de vez em quanto. E não tendo nem mesmo essa uma rosinha vermelha como simbolismo, mesmo se ignorado os fatores murphyanos como tempo, disposição física e um salto que aperta, eu encontrei alguns espinhos pelo chão. Muita gente. Muita, muita, muita gente. Demorei meia hora apenas para atravessar o MASP e digamos que não foi uma experiência muito agradável levar cantadas e apertões de velhos gordos e bêbados. Não que ao ir na parada gay eu não supusesse levar cantadas de mulheres e de pessoas estranhas e tal eu usaria apenas para encher um pouquinho meu ego simpatizante. Mas como já dizia meu pai, pois pais sempre falam coisas interessantes quando não são sobre você, têm muito hétero estúpido nesse mundo. E sabem do que mais? Têm mesmo! Neguinho bêbado que não tem mais o que fazer e vai para a minha avenida espalhar espinhos pelo chão e abusar das camisinhas de graça que estavam sendo distribuídas (Não que eu possa falar muita coisa, pois peguei 3 e uma conhecida saiu com a mãe cheia). Esse, eu diria, era o motivo principal para eu querer voar naquela tarde ensolarada e quente. Nesse mundo as pessoas podem ser interessantíssimas e eu acredito que em todas elas existem personagens escondidos e características marcantes e eu as quero todas, todas elas. Mas não todas no mesmo metro quadrado. Se bem que... admito. Estar tão próxima de muitas pessoas (desde que não os já citados tiozinhos bêbados), mesmo que de uma forma meio desconfortável, é muito bom de vez em quando. Se sentir um pouco Povo, como eu ainda falarei em outra crônica, cai muito bem, principalmente se é um povo tão colorido. Observar casais de todos os tipos e poder imaginá-los casais quando não o são, sem discrepâncias ou preconceitos. Perder a graça da brincadeira de trair um namorado com uma amiga, sair procurando ela pela avenida e encontrar um carro alegórico estampando as cores do arco-íris... Isso, na realidade, é muito bom. Eu gosto da parada gay, gosto sim. Gosto da avenida paulista e até de estar concentrada entre tanta gente vez ou outra. E gosto do gostinho que fica na boca, da vontade de ver um casal caminhando de mãos dadas pelo metrô na segunda seguinte. De ver todos aqueles ternos e faces sérias na manhã da paulicéia e desvendar uma pluminha ou outra entre suas pastas sóbrias. Até me pergunto se essas pessoas de terno não teriam se preparado por meses para a parada, se não teriam esperado com muito mais êxtase do que euzinha aqui para estar no meio das cores do arco-íris. E na manhã seguinte, na segunda-feira fria e mal-humorada , olhando atentamente eu lhes juro, quase pude ver as minhas penas coloridas, despontando em algum lugar de seus ternos escuros.





Fonte: midiaindependente.org

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