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NOSSOS MODELOS RELACIONAIS

18 de julho de 2009 | ✿Lidi Dimbarre Tullio ஜீ


O primeiro momento, o fusionalno qual se cria realmente uma dinâmica profunda e com amor autêntico, é o que é produzido na relação entre a mãe e o bebê, tanto a nível intrauterino como extrauterino. Condicionando inconscientemente nossa maneira de relacionarmos com aquele que amamos. Por exemplo, há pessoas que fusionam em excesso com o companheiro/a e vivem uma dependência extrema, porque, geralmente, viveram uma separação ou uma relação muito curta com a mãe durante este momento primitivo, e vivem nesta nova pessoa, homem ou mulher, um deslocamento de afetos maternos com todas as consequências que isso leva, tanto durante o tempo da relação como no período de ruptura, aos quais, nestes casos, é possível chegar a viver situações de violência ou fortes depressões.
Nascemos com a capacidade de amar, de abrirmos ao outro, havendo um movimento para fora, nossa estrutura está em movimento, está reciclando-se energéticamente, estando viva, portanto. Mas no nosso sistema social atual, a dinâmica familiar tende a ser fria e distante, limitando os afetos e as expressões emocionais, inclusive a espontaneidade da primeira infância. Com esta tendência inibitória existem muitas famílias em que a violência latente ou manifesta aparece cotidianamente. São nestes sistemas em que a criança vai se refugiando em um mundo imaginário que lhe impede o contato com a relaidade.
Quando não se vibra e não sente ao outro, qualquer comportamento destrutivo pode ocorrer. O impulso surge de forma caótica, não havendo emocionalidade, portanto, não havendo censura ou ética que o breque. O modelo de referência que possuem, é o de petrificação, ou melhor, de ausência da experiência emocional. O único que lhes resta é a possibilidade de expressão desta emoção fora do núcleo familiar, necessitando a emergência das pulsões destrutivas que vivem na família e que não podem expressar em outros círculos. Assim, é quando acontece em circuitos que no fundo estão permitindo a canalização destas pulsões que não puderam viver no núcleo familiar. Grande parte da delinquência juvenil surge destes sistemas familiares que vão permitindo o cultivo desta violência social posterior ou paralela. Este é um referente da Psicologia forense e jurídica para entender certas respostas extremas, delitivas, que fazem parte da psicopatia social. Um ser humano que está apenas numa situação de narcisismo permanente, isto é, ao que só se vê a si mesmo, será uma pessoa que progressivamente imaginará a realidade, desenvolvendo uma dinâmica patológica. Poderíamos dizer que o psicópata é o sujeito que levou o narcisismo ao extremo de imaginar a realidade de contato com o outro, sem emoção, até o ponto que pode destruir sem alterar-se. Há muitos psicópatas cívicos e não só nas cadeias...
Mas em menor escala, há também um nível de emocionalidade reprimida, de assepcia, de um certo estado apático, ao qual o elemento narcísico é maior cada vez mais, por ir perdendo a capacidade de contato com o outro.
De certa forma, os mecanismos sociais aos que estamos imersos, facilitam esta falta, criando modelos de referência que limitam a possibilidade de construir um modelo próprio de identidade, forçando ritmos e dinâmicas que distressam e rompem com nossa capacidade de atuação espontânea e no fundo, facilitando um individualismo baseado principalmente no amor aos objetos, ao ter ao invés de favorecer o ser e o estar. Como dizia Erich Fromm, prevalece o ‘ter’ sobre o ‘ser’.
Assim, vamos criando uma sociedade que tende a valorizar cada vez mais o ser humano por ter muitos objetos e, entre esses objetos muitas vezes estão as pessoas, e entre estas pessoas, muitas vezes está o casal. As vezes estar com alguém pode ser algo estético. Em muitas sessões de casais que fazem terapia essa sensação aparece, sobretudo na mulher, de sentir-se ‘um vaso de flores’, isto é, sentir que seu companheiro está ao seu lado porque se veste bem, porque é bonita, tem estilo e que cai bem nas reuniões sociais. Nao se sente amada, senão possuída. O pertencer prevalece sobre o ‘estar com’ e este, é um problema que se aborda frequentemente nas terapias de casal.
Também é comum que o período inicial de apaixonar-se vá modificando até o ponto de difuminar o motivo inicial do encontro e a realidade cotidiana passa a ser vivida de maneira estranha, convertendo-se numa convivência por interesses materiais compartilhados, mas onde o afeto vai desaparecendo.
Este é o risco da instituição do matrimônio, podendo cair em uma rotina em que se desenvolva uma relação perversa, porque qualquer motivo será válido para permanecer, para não perder algo que se sente próprio. O que num princípio é qualitativamente bonito, faz parte do instinto, da visceralidade, converte-se progressivamente em um monstro, que vai devorando toda flor que existe ao seu redor. E um dos promotores deste processo é este traço narcísico do qual falei, que, todos de alguma maneira temos, e que entre outras coisas nos impede assumir de que as coisas são temporais, de que a vida é temporal, de que temos um tempo de existência vivendo e portanto, com um ritmo existencial de atemporalidade, com a sensação de que vamos a ser sempre os mesmos e que tudo ao nosso redor vai seguir igual.
No nosso esquema psíquico procuramos sempre uma evitação da mudança, da mesma maneira que existe uma homeostase fisiológica que nos permite um equilíbrio frente aquilo que pode ser nocivo. Inconscienemente evitamos qualquer movimento que possa supor romper os esquemas de espaço temporal sobre os que sentimos uma certa segurança, e por isso, falar sobre o final de alguma coisa, sempre cria uma ansiedade, por conectar com nosso temor ao final da vida e com o temor à morte, que neste momento, na sociedade, é um tema mais tabú que o do sexo.
Bom sábado galera,
beijones

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