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QUANDO É NECESSÁRIO UMA TERAPIA DE CASAL?

19 de julho de 2009 | ✿Lidi Dimbarre Tullio ஜீ



Como disse anteriormente, a idéia de separação é vivida como idéia de morte, e portanto, como algo terrível, sobretudo quando são criadas estas dinâmicas de tipo fusional psíquica e emocionalmente falando. No momento em que o outro realmente não está, a pessoa conecta com o pânico de perder sua própria sensação de existir.
Por isso em muitas separações aparecem autênticas depressões, por começar a viver uma forte sensação de vazio, em que perde o sentido da vida. Estas reações são sintomas que refletem a forte dependência criada em que o outro ‘lhe roubou a alma’.
Em muitos casos, por intuir isso, algumas pessoas se negam a deixar o casal tentando por todos os meios brecar a separação e evitar conflito. Se coloca em uma posição estática, em que faz aparecer o sofrimento crônico. Neste momento é quando esta instituição começa a perverter-se, porque são criados mecanismos para evitar o contato com o fato de que o casal possivelmente já não facilita a função originária. Possivelmente porque primeiro é importante assumir a crise e permanecer nela, tentar evoluir juntos, tentar que esta mudança seja positiva para os dois e procurar que esta relação possa ser modificada. Isso pode acontecer dentro do casal ou com a ajuda de um especialista em terapia de casal, sempre que as duas pessoas estejam de acordo de que sozinhos, não possuem esta capacidade de resolução.
Mas se durante um tempo a mudança não é produzida e com isso, há muito sofrimento, mesmo que seja para uma das duas pessoas, há de planejar-se a finalização como algo positivo e necessário, vendo como o que permite a liberdade de movimentos afetivos de ambos membros do casal e seu crescimento individual. O fracasso está na covardia de não assumir esta realidade e de pensar ‘você me evitaria sofrimento estando comigo’. Com esta posição a outra pessoa entra em defesa, em violência e na destrutividade, situação que pode permanecer no tempo, afetando a todos os membros do sistema familiar, como já disse anteriormente.
Os seguimentos que fizemos em clínica das famílias que vivem em dinâmicas destrutivas, mostraram a existência de dois tipos destrutividade. A digital, que é a violência direta, e a analógica, que é a sutil, como a chantagem, a ameaça, a culpabilidade. Lembro de um casal em que o marido, entrava em uma reação cardíaca, a ponto de ser levado ao hospital a cada vez que percebia a atitude de sua mulher de dizer algo conflitivo. Automaticamente ela abandonava a idéia porque ‘não podia sentir-se responsável da morte de seu marido’. Assim estiveram dez anos até chegarem ao consultório e decifrarmos a chave do “doente imaginário” (Moliere). Não morreria, mas ela, com razão não se arriscava e inibia o movimento. Ele sofria por se dar conta de que estava criando uma resposta de evitação do conflito e que sua mulher não era feliz, mas ele também não podia evitar esta situação psicossomática.
Recorrer a instrumentalização dos filhos também é bem frequente, deixando o outro membro do casal responsável pelo mal-estar e sofrimento que vive a criança para evitar o processo de separação. Ou até dinâmicas de chantagens em relação ao aspecto econômico. Neste caso são as mulheres que estão mais vulneráveis, tendo que ceder seu desejo de mudança pelo medo de não poder encarar a realidade cotidiana com uma economia que permita-lhe sobreviver, pois são muitas as mulheres que não desenvolvem dinâmicas laborais fora do lar.
Mas, como vamos observando, todas estas atitudes provocam uma dinâmica destrutiva que vai paralizando cada vez mais a possibilidade de um reencontro afetivo e amoroso, levando vidas paralelas e cada vez mais distantes, convertendo a convivência num espaço de sofrimento e ódio, acompanhados de solidão compartilhadas por interesses e medos. E enquanto o tempo segue seu curso, havendo poco tempo para encontrar novas relações e construir um novo sistema familiar.
Este momento é quando a psicoterapia pode ajudar, quando realmente uma pessoa não pode abandonar seu companheiro/a, por sentir-se culpado ou por medo da solidão e do vazio existencial, adotando posições sádicas e pressionando, culpabilizando ao outro/a ou entrando numa posição de vítima, reflexo da típica relação sadomasoquista que domina os relacionamentos em nosso sistema social.
Sabemos que é possível criar transtornos psicossomáticos por conflitos conjugais mal resolvidos, tão grave quanto há violência direta, alcolismo ou problemas com drogas. Dentro destes conflitos, para os que a atenção clínica é necessária, encontra-se a resposta de algumas pessoas com a violência doméstica. Existe uma grande quantidade de mulheres maltratadas que mantém o casamento sem denunciar o marido, chegando a justificar as ações violentas. Nestes casos, a vítima não pode deixar de sê-lo, porque é maior o sofrimento que sente se imagina a dissolução deste casamento, que o sofrimento por compartilhar uma violência doméstica permanente. Dentro desta violência há níveis de estrés (distrés) e sofrimento patológicos bem fortes.
Por isso, frente a um conflito relacional, há apenas duas alternativas criativas: A de sair juntos da crise e aprender com ela para encontrar uma maior satisfação na relação, ou, a separação, mesmo que seja somente uma das duas pessoas que queira depois de encarar a crise em comum. Permanecer juntos neste estado de confusão, sofrimento, insatisfação, incomunicação, ausência de atração e desejo e, inclusive violência e sadismo, implica num estado de patologia a dois e cumplicimente mantida.
E não é questão de procurar culpados. É certo que sempre há um desencadeador, mas a realidade é que este sistema relacional simplesmente deixou de cumprir a sua função.
Mas geralmente cada qual vê culpado ao outro/a acentuando-se a paranóia social, a sensação de ameaça que vicia a relação, impossibilitando ainda uma separação civilizada e minimamente afetiva e amistoza. Esta é a obra das funções da psicoterapia focada na atenção de casais: Permitir uma separação criativa, com um processo de luto razoável e sem que os filhos sejam os ‘bodes expiatórios” do sofrimento e frustração dos pais.
Permanecer na crise, aprender com ela e encontrar uma saída entre os dois, ou mesmo individualmente, mas de maneira criativa, seríam os objetivos principais da terapia neste momento. Para isso, é necessário compreender a lógica caracterial de cada membro da família e a particularidade de seu sistema relacional. E desde aí, abordar os quatro aspectos que caracterizam o casal: A comunicação, o manejo das pulsões no cotidiano, a sexualidade e os projetos em comum.
Se bem que é certo que a psicoterapia tem uma função mais importante, que seriam as medidas preventivas, que todo o casal deveria tomar para não chegar ao ponto de recorrer a ela. E das mais importantes seria a de que houvessem espaços de comunicação, momentos para aprofundar na relação, momentos de prazer, de expansão, de elaboração de conflitos, de escuta ao outro. Momentos para poderem se olhar, momentos de carinhos, caricias e amor. Momentos próprios, genuínos, criativos, compartilhados também com outras pessoas. Momentos que podem prever o embrtucecimento, consequente da monotonia, a rotina e a evitação do contato. Se somos capazes de permanecer nesta dinâmica, a experiência de casal, dure o tempo que for, será sempre gratificante e haverá cumprido sua função para seus membros, o desenvolvimento da nossa capacidade de amar.

Este final de semana decidi colocar todos os artigos do Xavier Serrano onde ele explica o comportamento psicossocial do amor e desamor, ele analisa um casal no começo, meio e fim!


Bom final de domingo!!!!


Beijones

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