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It´s time to set my free!

O VALOR DA CRISE

18 de julho de 2009 | ✿Lidi Dimbarre Tullio ஜீ



Quando iniciamos uma relação, todos sabemos que pode terminar, mas realçam na legalização desta instituição a frase: ‘Até que a morte os separe’, significando: ‘até que algo externo a nós nos separe’. O que limita a liberdade de decisão, que para que existisse, seria certo modificar por: ‘Até que a morte daquilo que motivou nosso encontro nos leve a separarmos’. Isto é, até que a função da relação deixe de existir e acabe seu dever. E se a função do casal humano é a de desenvolver a capacidade amorosa de cada indivíduo, pode ocorrer que este sistema passe a não ser válido para o desenvolvimento pessoal de um de seus membros e apartir deste momento, há de haver um replanejamento real e aceitar a crise. Já não é mais como antes, algo aconteceu, e assim, temos que afrontar uma nova realidade. Aceitar a crise não significa necessariamente a separação, mas que poderia haver uma mudança qualitativa importante onde exista um maior encontro afetivo e mais comunicação. Mas para isso, primeiro há de assumir a realidade, a crise.
Esse conflito pode vir motivado por uma mudança de valores individuais, por um novo trabalho, pela entrada de uma terceira pessoa no marco sexual, pelo nascimento de um filho, pela morte de algum familiar, ou por qualquer outra circunstância cotidiana que influencie diretamente na psicologia da emocionalidade, repercutindo em seu ecossistema mais próximo.
O casal, é um sistema vivo, ao qual ninguém pode garantir o que irá acontecer amanhã, porque ninguém pode garantir o que nos acontecerá individualmente. Em momentos determinados, o impacto é produzido de maneira traumática, porque perdemos a capacidade de darmos conta do que está acontecendo ao nosso redor e perdemos o contato com o que está acontecendo com nosso companheiro/a, quem logo irá expressar sua falta de desejo sexual, sua pouca motivação para compartilhar atividades, ou a presença de uma terceira pessoa, ou seu interesse pela separação. O problema é dos dois, de quem não se dá conta e de quem acreditava que o outro estava percebendo. Chega um momento em que o bloqueio na comunicação facilita o uso do imaginário e da criação e interpretaçao da realidade.
Neste momento é quando necessariamente temos que assumir a crise, o que implica em reconsiderar três nívis fundamentais: a) O cognitivo, ou seja, como nos comunicamos, quais níveis de transmissão de valores, idéias, projetos existe com esta pessoa. b) O emocional, avaliando qual o nível de afetos que existe: carinho, tristeza, anseios, frustrações. c) A capacidade de prazer que tenho com esta pessoa, de gozo, de abandono sexual.
Um bom teste permantente no casal é ir analisando qual destes aspectos vão enfraquecendo na relação. Estes três aspectos têm uma grande importância, porque no fundo estamos falando de um sistema que é compartilhado na vida cotidiana. Haverá momentos da vida em que se dá mais importância a essa empatia sexual e momentos que será mais importante a afetiva, a cognitiva ou a identificação laboral e social. Depende de momentos vitais, de idades e de circunstâncias, mas estando presentes significa que está havendo uma vivência global na relação. Se isso não acontece, evita-se o crescimento e o desenvolvimento de facetas vitais para as duas pessoas, que então viverão fora da relação.
Essa necessidade parcializa-se, divide-se, começa a separar-se e romper progressivamente a relação do casal. Estes três níveis nos indica o momento real do casal e nos permite, quando não haja outra saída, considerar a possibilidade de perceber que é um momento definitivo em que já não há possibilidade de reconstrução. Até este momento poderia estar condicionado pela marca amorosa e, em um último ato de amor, deveria procurar-se a morte deste sistema desde uma perspectiva de transformação criativa para que cada um dos membros pudesse continuar seu caminho de maneira criativa. Isso significa viver esta separação, não como um fracasso, mas como uma mudança, como um final que facilita uma transmutação.
Inclusive na sociedade norte-americana, onde estatísticamente há mais separações, comparado aos países nórdicos na Europa. Muito interessante ver como a nova relação tenta ocultar ou negar, esquecer a relação anterior e isso, se observa na relação com os filhos. Quando um filho de duas pessoas passa a viver com o novo relacionamento da mãe ou do pai com um novo matrimônio, este filho chama de ‘papai’ ou ‘mamãe’ a esta nova pessoa, talvez para evitar um conflito cotidiano, tendo que esquecer as orígens do passado. Algo esquecido é algo que é vivido com culpa, que se há de esconder. Não temos porquê negar nossa vida. Pudemos viver um tempo com esta pessoa e agora, estamos com outra, mas esta pessoa não morreu fisicamente, não desapareceu, ainda mais sendo mãe ou pai de nossos filhos e exerceu esta função um determinado tempo. Mas como habitualmente as separações são produzidas em situações já extremas, o que permanece é o ódio e a destrutividade e frente a ela, o único que resta é esquecer.

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1 comentários:

Doroni Hilgenberg disse...

Querida Lili,
que texto querida prima...
vc expressou corretamente o que vai acontecendo quando um casal não faz do diálogo uma fonte de
alimento para o seu relacionamento.
As vezes é um falso orgulho, as vezes é a prepotência e arrogância, mas o fato é que um relacionamento não vai pra frente sozinho, é necessário que os dois
estejam em sintonia para que a harmonia se estabeleça. Não importa se houver uma separação, pois é fato que o amor pode acabar, visto que ninguém manda no coração e o amor não é eterno, mas é necessário que haja respeito antes de tudo. Respeito é a palavra CHAVE, e isso dificilmente acontece.
bjs

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